A bola fora do CQC

É comum ver a cena se repetir: sempre que aquele ator/atriz conhecido por papéis bonzinhos em novelas encara um vilão daqueles bem malvados e caricatos, a população mais suscetível aos enredos dos folhetins reage. Na rua, o ator é achincalhado, agredido, ofendido. As pessoas tomam a figura do intérprete pelo personagem e fazem uma tremenda confusão. E eu sempre penso como deve ser complicado para o artista se explicar para a senhora de 75 anos que o vê no horário nobre da TV cometendo aqueles acintes contra os mocinhos. Deve ser beeeem complicado. 

O CQC 

O CQC, sigla para “Custe o Que Custar”, é um programa humorístico veiculado pela Band às segundas e sábados, capitaneado pelo jornalista e apresentador de TV, Marcelo Tas. Versão brasileira do original argentino, o programa faz uso do ditado popular “perguntar não ofende” para abordar políticos, celebridades e populares com questionamentos capciosos e pouco convenientes. Ainda que tenha um caráter paladino [verificar a primeira assertiva], as pitadas de humor do texto e da edição o transformam quase numa versão séria do Pânico da TV, programa exibido pela Rede TV e que faz humor ridicularizando incautos e celebridades

Essas informações sobre o programa só me foram possíveis depois de uma boa pesquisa a respeito. Por motivos diversos, nunca pude acompanhar o programa em nenhum dos horários em que ele é exibido. O frejo a respeito dele no Twitter, por sua vez, é sempre bem instigante, com direito a comentários apaixonados sobre o respiro de qualidade que a TV brasileira enfim ganhou, como é possível ver aqui, aqui, aqui e aqui

Esse respiro de qualidade e essa paixão despertada nos telespectadores se reflete em números. De acordo com matéria da Folha Online, o programa dobrou a audiência da emissora nas noites de segunda-feira. 

E mesmo com todo esse burburinho, nunca havia assistido ao programa.

1ª impressão

Na última segunda, 13/10, enquanto trabalhava no computador, os hóspedes que estou recebendo em casa sintonizaram na Band ali perto das 22h. Em coisa de vinte minutos começou o CQC. Não dei bola, tinha vários assuntos pendentes pra resolver. Mas as risadas de meus hóspedes não cessavam. Foi quando a chamada para o bloco de Rafael Bastos me chamou a atenção e eu finalmente me foquei na tv.

Caso o link não esteja mais disponível, veja o vídeo no próprio site da Band.

Meu único lema na vida é ‘sempre seguir em frente’. Tem uma voz interior em mim, sabe, que fica sempre falando: ‘Rafinha, não desiste. Vai, Rafinha, vai em frente’. Aparecem, é claro, alguns obstáculos fáceis de pular, outros mais difíceis, mas eu sempre dou um jeitinho…

Assim começava o texto que me chamou para a tv.

A matéria que veio a seguir tratava sobre um trem da América Latina Logística que atravessa a cidade de Sumaré, no interior de São Paulo e que perturba a vida daqueles que moram nas imediações da linha.

Tudo ok com as entrevistas na comunidade, com o problema [que, como mostra a matéria, é real, já causou acidentes e mortes e necessita de urgente solução] e até com a forma irônica com que Rafinha Bastos aborda a situação. O único problema, a meu ver, começa quando o repórter procura a América Latina Logística para ouvir o outro lado [prática defendida como fundamental pelos teóricos do dia-a-dia jornalístico] e, ao invés de procurar o setor responsável pela licitação da obra junto ao poder público, fala com a coordenadora de comunicação da ALL, Deise Silveira.

A pendenga

Meu problema com a única matéria do CQC que assisti inteira é: qual razão motivou a produção do programa ir até Curitiba [cidade-sede da ALL] tentar falar com a empresa responsável pelo trem em Sumaré (SP) e qual não os motivou a não aceitarem a assessora de imprensa como entrevistada?

A assessoria de imprensa, segundo diz o verbete na Wikipedia, é um instrumento dentro do composto de Comunicação desenvolvida para as organizações, fazendo parte das atividades da área de comunicação. […] Sua principal tarefa é tratar da gestão do relacionamento entre uma pessoa física, entidade, empresa ou órgão público e a imprensa”. Atente bem às palavras usadas: “sua principal tarefa é tratar da gestão do relacionamento entre uma pessoa física, entidade, empresa ou órgão público e a imprensa” e não responder pelas responsabilidades da empresa. Principalmente quando o repórter assume um tom incisivo, como o que Rafinha apresenta em parte da segunda metade da entrevista com a assessora. 

Quando Rafinha mostra o documento em que a prefeitura de Sumaré diz que já entrou em contato com a empresa para a resolução do problema, o que a assessora de imprensa poderia responder que fosse realmente incumbência dela? Que compromisso poderia ela assumir mesmo não sendo responsável pela opinião oficial da ALL? Zero… A assessora mesmo expõe isso quando afirma “não posso me comprometer por outras áreas”. Depois de acordo feito, o ápice do mal estar. Rafinha Bastos presenteia a assessora com uma prótese. Seria o único objetivo da matéria a ridicularização pura e simples, qualquer que fosse o alvo?

E assim que o bloco terminou, twittei o seguinte texto: “#cqc pela primeira vez vendo o programa e me perguntando: qual a graça de ridicularizar um assessor de imprensa?”.

Na terça-feira pela manhã, uma micro discussão a respeito estava lançada no Twitter, com grande troca de replies com/entre André Gonçalves e Itallo Victor. Eles defendendo a inovação e a importância do programa, eu defendendo a abordagem do causo. Foi justamente essa troca de replies no micro-blogging que originou a idéia desse artigo.

Ao meu ver, isso transforma a assessora no alvo de uma insatisfação que deveria ter outro destino e aponta uma falha que pode até passar desapercebida, mas que não deveria: seria a piada mais importante que a notícia? Estaria o CQC confundindo o ator com o personagem?

Ainda assim, o melhor é que no fim da vinheta de abertura do quadro, Rafinha diz: “aprendo com as cagadas e sigo em frente”. Essa sim, me parece uma postura adequada.

25 respostas em “A bola fora do CQC

  1. Não é a primeira vez que eles falam apenas com o assessor de imprensa. Concordo contigo quando dizes que o Rafinha teria é que ter falado diretamente com os responsáveis.

    Eu já trabalhei com A.I., e posso supor o que acontece nesses casos. Acredito que a produção do programa entra em contato com a instituição acusada em questão, para agendar a gravação da matéria. Quando o pessoal percebe que é do CQC, joga o assessor para falar no lugar dos representantes a fim de livrar a cara da diretoria, gerência e demais responsáveis pela cagada. Claro que o pessoal do programa sabe que os assessores não rendem o resultado esperado, mas como precisam de matérias agressivas no “Proteste Já”, e como o assessor entrou na frente do alvo, vai ele mesmo.

    RESPOSTA
    Pra mim, o grande problema é o “vai ele mesmo”. Foi a impressão que me deu…

  2. Como diria gaguinho do Looney Tunes:

    É isso aí pessoal.

    Já pagaram meu post, sem mais comentários. =P

    hahaha brincadeira.

    RESPOSTA
    Post pago/publieditorial para apontar falha? Ainda tô pra ver… hehe

  3. Concordo em parte com o Piero. Certamente jogaram a coitada da assessora pra falar com o CQC, como já fizeram em outras vezes. Só que, nas outras vezes, era claro que eles tentavam falar com algum cabeça da empresa.

    E outra: sair de São Paulo até Curitiba para falar com a assessora? De cara, o Rafinha deveria ter perguntado se não poderia falar com o presidente do grupo. Ela explicaria que não por algum motivo bobo. Isso diminuiria o peso contra ele.

    Outra, os dois lados da história. A assessora falou que não é responsa só da empresa. Ele mostrou só uma nota da Prefeitura dizendo que já tentou negociar isso com a empresa. Foi até Sumaré e filmou o trem de dia e de noite. Custava falar com o prefeito e submeter as duas partes ao mesmo teste de resistência às provocações?

    Não é a primeira vez que o CQC fala só com assessor, mas é a primeira vez que vejo e fica feio para todo mundo. Inclusive para o CQC. No jornalismo, pareceu matéria preguiçosa, de quem queria se livrar logo do assunto e não quis aprofundar.

    RESPOSTA
    Assino embaixo, Fábio.

  4. Com certeza o balacobaco caiu pra coitada da assessora porque, vamos combinar, peitar o Rafinha Bastos nesse quadro é praticamente um ato de heroismo. A direção dessa empresa nunca que ia topar com esse cara. Digo isso porque assisto toooooda segunda e já vi o cara fazendo coisa pior. Mas, de certo, ele deveria ter procurado o Prefeito ou ao menos justificar o motivo de ele não ter aparecido na matéria [ou não foi procurado, ou foi procurado e enviou apenas um comunicado, enfim…], como Cabeça bem disse no comentário dele. Pega mal… a gente que é comunicador percebe claramente que alguma coisa saiu errado. Mas pra mim foi só isso. Juro que não acho que ele ridicularizou a assessora… se fosse o dono da empresa, ele teria feito igual ou pior.

    E Pedrówisky, meu amigo.. sou fã do programa ó… hahahha!!

    RESPOSTA
    Pois é, Mari. Lendo como jornalista, fica mesmo a impressão de que algo ficou faltando.

  5. Confesso que nunca parei pra assistir. o que vi de CQC se resume a vídeos vistos pelo meu chefe no trabalho, ou mandados para mim por scrap.
    Mas o que me incomoda mesmo é a forma em que eles diminuem as pessoas. e eu acho isso totalmente desnecessário. Ver o Rafinha ali, no começo, entrevistando a população, dá pra sentir aquela pontada de “idiota estou curtindo da sua cara…”.
    Talvez eu leve tudo muito a serio e ache que ali tem que ser algo serio. Mas da mesma forma que não suporto pânico com suas piadas forçadas e a forma de ridicularizam as pessoas, não gosto de CQC.

    e que eu não morda a língua.

    RESPOSTA
    Nem sempre morder a língua é ruim, mana. =]

  6. bom, eu gosto, não nego.

    mas de acordo com Roberta Sá;”mania nacional é ver o outro se dar mal”. entra aí a sociedade do espetáculo e etc.

    acho q assisto mais pra ouvir eles falando da maisa – menina prodígio XD

    RESPOSTA
    Eu não tenho opinião formada a respeito do programa, apenas do bloco que vi. Mas não tenho problema nenhum com quem gosta, só me pergunto [pra entender mesmo] qual a graça do programa.

  7. Eu simplesmente aplaudo este e alguns outros quadros do CQC. Entendo o seu ponto, concordo que a prefeitura deveria ter sido procurada (temos que considerar que pode ter sido procurada, mas não veiculada), mas não acho que a “assessora de imprensa não seja responsável”, ela é responsável em lidar com a imprensa e isso acarreta ter resposta, apurar fatos, saber do que esta falando ou treinar um porta-voz. Na minha opinião o correto seria ela não falar de prazos e dizer que após ter um posicionamento oficial e sólido da empresa ela informaria a produção do programa.

    De qualquer forma, não vejo outra forma de fazer este tipo de matéria. A onda das reportagens simpáticas e politicamente corretas abrem espaço para respostas vagas e não aprofundamento do caso.

    Espero que o CQC dure bem mais de um ano, espero que eles aprendam com os erros e só melhore. Misturar humor com jornalismo sério é uma forma de educar nosso povo a abandonar lixos como o Pânico.

    RESPOSTA
    Procurar a prefeitura e não apresentar isso na matéria seria pior ainda, Leandro. E continuo batendo no ponto de que a assessora não é voz da empresa nem pode assumir responsabilidades por ela [sim, sou teimoso].

  8. Eu gosto de muitas coisas no programa, mas realmente nesta materia ficou no ar aquela sensação de “isso não vai dar em nada”. Também achei que ele deveria ter falado com a Prefeitura, e não mostrar só um papel.
    Deu até pena da Assesora, coitada, estava sendo precionada a assumir um compromisso que, como elea mesma disse, não estava ao seu alcançe.Uma grande mancada.

    RESPOSTA
    Para mim, o problema foi o alvo da pressão.

  9. Negão, não vi muito o CQC, mas as vezes que vi, gostei. Compreendo bem esse mote da discussão sobre falar com a assessoria ou, com a diretoria (eles tinham escolha?) Mas é bom a gente levar em consideração que o mote do CQC é fazer piada. Por mais que o Rafinha Bastos queira aproveitar o programa para abordar problemas sérios com um tom mais humorístico e tal, o lema deles não pode ser deixado de lado.

    Então, se eles foram até Curitiba para pedir explicações (e sacanear) ao pessoal da empresa, eles fariam isso com qualquer um que respondesse por ela. Não sei até onde a gente pode exigir que uma “matéria” com tom humorístico siga à risca a cartilha do jornalismo.

    Resumindo negão, acredito que, para o CQC, a piada é sim mais importante que a notícia!!!!

    Fui!!

    RESPOSTA
    Pra mim fica a mesma impressão, Chico, a pergunta foi mesmo só retórica. 😛

  10. Piero: claro que a direitoria da empresa despacha o assessor de imprensa como boi de piranha. o problema é que ela foi. Pedro, se ela não podia ser responsabilizada ou cobrada quanto a prazos, porque ela deu o prazo? Fosse a outro setor, ou simplesmne não desse prazo nenhum.

    Fábio: concordo cem gênero, número e “degrau”: deveriam ter ido, também, falar com o setor da Prefeitura Municipal responsável pelo contrato/fiscalização. Sobre jornalismo: isso, não se falar com outros lados acontece todos os dias, em todos os órgãos de imprensa: jornais, portais, tvs, rádios, blogs. Só depende da conveniência da empresa/jornal/rádio/tv. Não é exclusividade do CQC.

    Leo: pode ser que o CQC não dure um ano. Uma hemodiálise demora muito mais que o ato sexual. Nem por isso é mais gostosa que.

    Mari: somos, ambos, fãs. Falhas, sim. Como disse no meu texto: melhor pecar pelo excesso que pela omissão.

    Ana Cereza: não acho que diminua as pessoas, não. Constrange quem tem rabo preso ou discurso vazio. POde acontecer que se excedam, vez ou outra. Espero que não muitas vezes. E que corrijam, na medida do possível.

    Paula: yeah!

    Leandro: resumiu tudo. É isso aí.

    Desculpe o assalto ‘a sua caixa de comment, Pedro.
    Abraço!

    RESPOSTA
    Problema nenhum em usar a caixa de comentários, André. Tamos aí pra isso.

    Abraços!

  11. menino o babado aqui tá é forte. =P

    RESPOSTA
    Enquanto ficar como debate e não como embate, não vejo por que ser “babado”, quanto mais “forte”. Opiniões naturalmente divergem e já diria o ditado pós-moderno advindo da troca de argumentos: “penso, logo mudo de idéia”.

  12. Cara sabe uma das maravilhas daquele programa? É neguinho no senado ouvindo tudo que *muita gente* sempre quis dizer e não pode! [eu faço parte do muita gente!!]

    E outra: Não tem essa coisa do “vai dar em nada”…. o Rafinha Bastos volta lá dentro do prazo e mostra se a empresa cumpriu com a promessa de ajeitar o babado ou não!!!

    [isso aqui tá pra virar um super forum! hehehehe!!]

    RESPOSTA
    Estranho, Mari, que essa coisa de “neguinho no senado ouvindo tudo que *muita gente* sempre quis dizer e não pode” me causa VA e não alívio. A razão eu realmente não sei.

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  14. Gosto do CQC, gosto dos problemas abordados, e concordo plenamente com o propósito da matéria, mas, acho que nesse caso, seria como comer comida ruim em um restaurante e culpar o garçom… O problema não é o protesto, e sim com quem protestar, as pessoas estão acostumadas a serem carrascos de atendentes, talvez por esse motivo não se abale com esse tipo de reportagem, volto a repetir, eu gosto muito do CQC, e acho que até certo ponto foi muito boa a matéria, só que o desfecho foi realmente desnecessário, e digo mais, de qualquer forma, se a assessora tivesse com um projeto pronto com as obras já iniciadas, o desfecho da prótese seria o mesmo… Outra citação desnecessária e sensacionalista é “… Tem gente que ta morrendo ali, eu vejo você sorrindo, sorrindo, sorrindo e tem gente que ta morrendo ali…” “… tem gente morrendo ali…” legal ótimo dizer isso, concordo, é verdade, vamos apurar isso, “… eu vejo você sorrindo, sorrindo, sorrindo e tem gente que ta morrendo ali…”, ela estava fazendo o trabalho diplomático, isso é regra de diplomacia, o sorriso era de simpatia e recepção e não por deboche, isso é claro na imagem, e por sensacionalismo o Rafinha tenta arrancar sensacionalismo de onde não tem de uma mulher que esta fazendo seu trabalho, que deve ser competente ou não, mas que é gente, que trabalha, que paga conta e que talvez até o dia anterior a essa entrevista devesse ser fã do CQC, eu acho o seguinte, que mal há em tratar bem?
    Se ele queria fazer o humor e o sensacionalismo, poderia até dar a prótese pra ela entregar aos patrões delas, deixar isso claro, sabe, essa atitude dele é igual a matar o mensageiro da ONU (dramaticamente falando)…
    Gostei do assunto que aborda a matéria, não gostei do tratamento com uma simples trabalhadora que se viu de um minuto ao outro responsável por manter os interesses da empresa (afinal se ela não o fizer ela ta na rua e ela paga conta como todos nós), responsável por dar um prazo de imediato sem ter tempo de consultar pessoas realmente responsáveis e o pior de tudo, segundo Rafinha Bastos se viu responsável por mortes em um local que provavelmente não cabe a ela fiscalizar…
    Pena, gosto mesmo do CQC, mas odeio injustiça…

  15. Pessoal, Trabalhei na ALL um ano, era gerente de Logística Líquida.

    Fiqeu sabendo por amigos sobre essa matéria e pude assisti-la neste blog.

    Achei completamente ridículo da parte deles tomarem esta atitude, a ALL é sim uma empresa muito forte, mas em resultados e foco.

    Não cobramos da Souza cruz uma campanha para os fumantes com doenças no pulmao, nem da Skol por pessoas com cirrose, muito menos da Ford por acidentes rodoviarios.

    Uma pergunta deve ser feita.

    O que veio primeiro? a Ferrovia, ou a cidade?
    Se for a cidade, e a ferrovia linhou a cidade, toda a respo nsabilidade pela linha é da concessora, caso contrário, é de exclusiva açao da prefeitura quaisquer adaptaçoes para a populaçao.

    nao é hipocrisia, é sim um ponto de vista ridiculo de um programa que não sabe o que fala e toma as dores da populaçao que vota mal, vora errado, age errado e quer que as pessoas solucionem o problema delas.
    Pelo amor de deus, se uma pessoa não ver uma locomotiva com 3 metros de altura, nao ouvir uma buzina de 150db, e nao sentir quando passar em um trilho que fica 20cm acima do nivel rodoviario pelo amor de deus…

    Outro ponto.

    Empresas ferroviarias nunca obstruem a passagemd e nivel por mais de 10 minutos, é lei. da mesma maneira que é lei que o motorista antes de obstruir uma passagem ferroviária pare, olhe e escute. acidentes ferroviarios sao sempre culpa dos condutores. que acreditam que seus motores de 70 cv sao amais fortes que um GM de 3500…

    Me desculpe mas não concordo com o CQC nesta materia, foi totalmente infeliz.

    Obrigado.

    José Carlos.

  16. Engraçado a lógica do problema. Um post desse tamanho com link e tudo, pra falar de algo que tem pouco ou quase nenhum conhecimento.
    Mas é assim mesmo, geralmente no Brasil as pessoas gostam mais de opinar do que averiguar.
    Tipo o Rafinha Bastos sabe?!

    E assim segue o destino do pais, muita gente fala dos seus problemas, MUITA GENTE MESMO! Mas poucas são as que tem coragem pra peitar, quem quer que seja. Parabéns ao CQC por mostrar a CARA de muita gente maquiada por esse país a fora, e mais ainda por DAR A CARA à paulada, com erros ou não.

    Se a acessora num tinha culpa no cartório, azar o dela, gari é pago pra cheirar lixo o dia todo e trabalha igual td mundo! Acessora é paga pra engolir sapo, e ela sabe disso, tanto quanto os patrões dela. O que importa é o resultado final obtido, tenho ctz que o nome da empresa ficou sujo e o da acessora n.

    Talvez se no Brasil as pessoas falassem menos e fizessem mais, teríamos um país mais justo. E aí aparece outra lógica: como criticar tanto os políticos que falam tanto e nada fazem, quando paramos nossa vida para criticar um programa que sequer assistimos?
    (essa não vai pra o blogueiro, que já explicou seu ponto de vista em relação AO QUADRO que assistiu! mas tem gente que tem opiniões FORMADAS, mas nunca ligou a TV pra ver o programa e ainda torce pra que ele acabe logo. Ô hipocrisia viu?

  17. Johnatam

    procure pelo menos saber o que a lei diz antes de se pronunciar.

    Voce escolhe os piores politicos para administrar seu pais e depois quer qeu a iniciativa privada tome a frente das açoes que eles devem…

    crie vergonha na cara e nas proximas eleicoes cobre dos politicos as açoes de melhoria que sua cidade necessitam.

  18. Bom… eu sou fã rasgada do CQC, não perco mesmo, sou passional e tudo. Mas tb não gosto da maneira que o Rafinha trata o ‘outro lado’, acho grosseiro e sem oportunidade de explicação [mesmo achando que não há uma explicação ou argumentos para os casos que ele mostra no ‘Proteste já’, se é pra ir ouvir o ‘outro lado’ que deixe este falar]. Sobre o Assessor de Impressa e sua função o que acho é q as empresas é que não sabem o que esse profissional deve fazer lá dentro, o problema não é do CQC, eles querem falar com alguém da empresa, um responsável e sempre mandam o AI. Eu já trabalhei em assessoria e sei como é essas coisas, os chefes querem nem saber o que é, mandam tratar com o assessor e pronto.
    E mesmo eu sendo uma fã passional, discordo do programa em algumas coisas, algumas perguntas, abordagens.. mas continuo achando muito criativo, diferente e inovador. Colocando em uma balança as coisas que gosto e não gosto no programa, o gostar vai lá pra cima. E terminando com uma parte mulherzinha: sou apaixonada pelo Danilo. hahahaha
    =*

  19. bem concordo com tudo que foi dito porem em partes ate agora a ALL no fez nada a respeito de passarela ou algo do tipo e assim pessoas continua perdendo vidas ,falo isso e com pesa ja que perdi meu primo por causa do descaso da ALL

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