Pra tirar a poeira do baixo

Já devo ter dito isso diversas vezes em diferentes lugares. As pessoas com quem já conversei sobre essa faceta da minha vida também já devem ter ouvido isso inúmeras vezes. Mas hoje eu assisti a esse vídeo aqui embaixo do Trail of Dead [valeu, Ian!] e tudo voltou. As lembranças, os objetivos, a dedicação. Voltou tudo, como fazia muito tempo que não voltava.

Bom, eu já tive uma banda. Uma banda de “rock alternativo”. Chamava-se nelson theresa cafe [“tudo minúsculo, com h no theresa e sem acento no cafe”, como a gente gostava de explicar] e teve uma certa “projeção”, chegou a ter 150 pessoas na comunidade do Orkut, participou de comercial de televisão [olha o Engenheiros do Hawaii mostrando sua força aí], gravou uma demo nunca lançada ou finalizada, fez diversos shows, das mais diferentes formas [pockets, festivais, na chuva, em palcos grandes para quase ninguém, em bibocas para gente cheirando nosso suor]…

E dessa época, tudo que eu gosto mesmo de lembrar é que só rolavam mesmo coisas boas. Que a maior briga que tivemos [Jimbo, Daniel, Juca e eu] foi por um arranjo. Que houve uns meses em que fazíamos uma música a cada três ensaios. Que quando os turnos de trabalho se chocavam com os ensaios, passamos a almoçar mais cedo e ensaiar ao meio dia. Que a gente ficava putinho em não levar um tostão, mas se sentia a maior banda do mundo tocando só nossas músicas…

Isso foi em 2006. Ou melhor, até 2006, quando demos a pausa de fim de ano, eu saí de Teresina para São Paulo, a banda virou um trio, o Daniel foi pai [da “Katarina com K”], deixou a banda, que virou um duo, o Juca veio para Sampa e a banda virou uma lembrança incrível, fantástica, enebriante, que me ataca, toma, acomete e emociona sempre que vejo vídeos como esse aí de cima.

Disse outro dia aqui na redação que trocaria tranquilamente a vida de jornalista pela vida na estrada com uma banda. Ganhando uma grana justa e viajando para fazer show. Fechar o repertório na boca do palco. Compor na estrada. Escovar os dentes com cerveja [menos!]. Compor, arranjar, experimentar, jogar sinuca depois do ensaio…

As “possibilidades” são tantas quando se tem a música como profissão que é fácil se perder na inocência e na beleza da coisa. E é só disso que quero falar, então. Porque sei que meu talento de compositor ou de arranjador é limitado, eu gosto mais de Strokes que de Velvet Underground, toco baixo muito mal, me empolgo com facilidade. E, principalmente, sou certinho demais para tocar o foda-se, abraçar uma vida bandida e deixar o jornalismo assim, para trás. Teria que ser perfeito, e o perfeito não existe.

Como me disse o Dhuba numa conversa, certa feita, a única coisa que eu posso fazer é conciliar as duas paixões. Já tentei, mas sei que não com o afinco necessário ou justo. Então é isso. Vamos lá aproveitar as aulas que o irmão d’ela quer pra treinar aqueles cromatismos. Como é que se faz uma escala menor mesmo?

Então sempre será

Em 2006, tive meu primeiro encontro com eles. A circunstância do encontro eu não recordarei. Sei apenas que foi um encontro feliz.

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Foi a partir dele, por exemplo, que minha adoração por letristas nacionais passou a ter dois pólos à época. De um lado, tínhamos a dor de corno tão adorada do Los Hermanos. Do outro, a voz, o timbre e as letras confessionais de uma banda independente paulista, o Ludovic.

Dos primeiros, consegui ver dois shows e escutar ao vivo todas aquelas palavras tão queridas. Dos segundos, vi apenas um, incrivelmente mágico e intenso.

Mas essa história começou em 2006, quando eu ainda morava em Teresina e não tinha ideia de que viria para São Paulo, muito menos de quando teria oportunidade de ver um show do grupo.

Tudo que eu fazia era acompanhar o fotolog e a página da banda, alimentados pelo vocalista e sazonal baixista, Jair Naves. Imerso num tipo de fascínio simples de ser entendido quando se encara as composições do rapaz, li relato por relato, imaginando como tudo aquilo acontecera e o que levara o líder daquela banda a escrever daquele jeito sempre. E “daquele jeito” abarca clareza, vigor literário e sinceridade – três artigos de luxo atualmente.

E por ‘sempre’ entenda a capacidade de escrever com as vísceras. Como…

Seria ótimo se, por uma caridade divina, uma vez em toda a sua existência fosse te dado o recurso de simplesmente apagar cinco anos da sua vida. Então, se eu o aplicasse agora, eu estaria fazendo 19 anos outra vez. Só que sabendo um pouco melhor como a vida funciona e como me posicionar frente a ela.

[jair naves, em 29.01.04]

ou…

pelo pouco que eu conheço a vida,
eu não posso me queixar
quem de todo e qualquer ataque se esquiva,
não pode se queixar
porém, aqui eu confesso:
janeiro continua sendo o pior dos meses

quando eu estiver desprevinido,
volta e acaba comigo
lembra como você era boa nisso?

[ludovic – janeiro continua sendo o pior dos meses]

Então o inesperado aconteceu e eu vim para São Paulo no início de 2007.  Diversos percalços me mantiveram afastado do Ludovic [chegar tarde demais a estas bandas, chuvas torrenciais, distancias ignorantes…] até o dia 19.01.08, quando pude enfim ver, ouvir e entender porque tanta gente se rendia aos shows deles. Foi uma hora e meia de pura catarse, do tipo que eu já tivera ouvindo os discos da banda, mas que ali, em meio a centenas de outros alucinados, fez muito mais sentido.

E era justamente o tradicional show de janeiro na Outs que eu já esperava com certa ansiedade.

Então, no meio da tarde de ontem, a querida Juliana Alves fez o mais difícil e me deu a péssima notícia: o Ludovic acabou.

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Como dito no meu último post de 2008, a sonoridade destes caras, rascante e imprópria para ouvidos delicados, casou muito bem com os primeiros olhares que direcionei para esta selva. O incômodo gerou conforto, as dores encontraram vazão e eu ganhei uma banda para admirar.

E não vai ser o fim que vai mudar isso.

Furando os tímpanos

Fim de ano é a época mais famigerada do ano. Principalmente para listas sem sentido. Ou no máximo para listas sem sentido que só nerds, curiosos e desocupados vão atrás. As musas dos jogos de tabuleiro, os piores filmes mudos franceses, os quadrinhos mais bacanas pra se ler embaixo d’água e milhares de outros tipos…

Devo me encaixar em uma destas categorias, já que fiquei deveras tentado a seguir a lista feita pelo meu amigo Rafael Campos, que usou – olha só que idéia brilhante para preguiçosos e esquecidos como eu – o ranking de artistas mais ouvidos do seu perfil no LastFm para organizar um TOP 15.

E segui, enfim. Para deixar a coisa mais interessante, cada artista ganha um verso que ilustra/justifica a sua presença neste ranking.

Eis aqui os 15 artistas mais ouvidos por mim em 2008.

The Beatles – 3,190 execuções

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Estes são clássicos, mas foi em 2008 que a nossa relação ficou incrivelmente próxima. Incrivelmente profunda. Sei lá, incrível. Ian Black vai dizer que é só uma banda como outra qualquer, e eu até concordaria, se não fosse por Why Don’t We Do It in the Road. Que não é nada demais senão a proposta mais sacana do mundo da música que eu conheço. Wando sentiria inveja. Mas não é apenas essa canção que vale o primeiríssimo lugar para estes garotos. Recomendo ouvir os discos Abbey Road e White Album com atenção. Só esteja preparado para ser humilhado. Vai ficar fácil entender as quase 3,200 audições apontadas acima.

and when at last I find you
your song will fill the air

[the beatles – i will]

The Walkmen – 1,647 execuções

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Thom Yorke tem a capacidade de fazer os mais felizes seres humanos de todo o globo chorarem por sua existência, mas o The Walkmen é quem tem a verdadeira pegada de fazer de você um nada completo. Por que não basta um olhinho caído e uma boca torta, Thom Yorke, tem que ter órgão Hammond e guitarras realmente desesperadas. Isso sem falar dos berros. Ou das letras. Tá, nas letras o Radiohead tem certa vantagem. E esta frase está aqui só pra fazer polêmica.

i’ve seen you with your new boyfriend
it’s funny how you look at him
i know we won’t be seeing him again

[the walkmen – the north pole]

Hurtmold – 1,618 execuções

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Tinha o Cozido dos caras desde, sei lá, muito tempo. E nunca achei nada demais. O erro estava apenas no horário em que ouvia o disco, sempre em horários não muito ideais. Um dia, coloquei o disco no meio do almoço e, enquanto comia, veio a iluminação. Os paulistanos do Hurtmold têm uma incrível obra que, além de manter o pique, não sacia a fome por boa música. O menu é interessante e a vontade é repetir todos os pratos discos ad infinitum.

o dia já vai raiar, é melhor você ir embora
não insisto, desisto
discutir pra quê, quem está disposto a isso?

[hurtmold – desisto]

Justice – 1,406 execuções

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Gaspard Augé e Xavier de Rosnay são doentes, Cross é um disco perturbador e tive ótimas noites/dias/sonecas com eles me deixando um pouco mais surdo. É o tipo de música que me faz encarar a música eletrônica com outros olhos. Experimente ouvir Stress quando estiver com raiva de alguém e separe o seu melhor saco de pancadas para a reação provocada.

rockin’ high-tops and sayin’ no to stilettos
cuz i might get drunk off my ass and I don’t wanna fall

[justice – the party]

Radiohead – 1,383 execuções

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Thom Yorke e sua patota vêm ao Brasil em 2009 para nos dar uma dose de leseira e perturbação ao vivo e em cores. 2008 foi o ano de ouvir In Rainbows e, junto com ele, ouvir todos os outros discos do Radiohead. Nessas, perdi a birra com The Bends e cantar a plenos pulmões “And if the world does turn and if London burns, I’ll be standing on the beach with my guitar. I want to be in a band when I get to heaven. Anyone can play guitar and they won’t be a nothing anymore” foi, como sempre, coisa linda de deus. Chora, malandragem. Quer dizer, deixa pra chorar em março do próximo ano.

i won’t let this happen to my children
meet the real world coming out of your shell

[radiohead – i will]

Chico Buarque – 1,101 execuções

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Este é mestre sempre, está aí para trazer sossego ao coração deste poeta frustrado.

eis que do nada ela aparece
com o vestido ao vento
já tão desejada
que não cabe em si

[chico buarque – bolero blues]

Muse – 1,072 execuções

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Com a criatividade sumindo e lançando discos cada vez mais dementes [uma demência diferente da dos dois primeiros discos, frise-se], ir no show era tudo que me faltava na veneração ao Muse. Agora é esperar para ver o que vem na próxima bolachinha e quem sabe decorar o nome de todas as músicas e suas respectivas letras, como no passado.

passing by you light up my darkest skies
you’ll take only seconds to draw me in
so be mine and your innocence i will consume

[muse – dark shines]

Ludovic – 861 execuções

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O som que mais me lembra/remete a São Paulo é feito por paulistanos e me rendeu um dos shows mais viscerais da minha vida, com direito a tirar os óculos com medo de ficar sem no meio da destruição, digo, apresentação dos rapazes. E janeiro, o pior dos meses, está chegando novamente. Com ele, mais um show na Outs e mais um espetáculo imperdível. Né, Jader Pires?

vinte meses em claro
quase dois anos sem dormir
prece rezada em longos atos
– senhor, arraste-os para onde eles não possam mais mentir

[ludovic – um grande nó]

Os Novos Baianos – 802 execuções

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Descoberta antiga, mas esquecida, retomei com gosto em 2008 para nunca mais largar. A Baby pode ter abraçado a religião e o Boca de Cantor pode ter sumido, mas ainda há registros dignos de nota, sorriso na cara e prontos para serem trilha sonora daquela pelada no sábado de manhã ou do samba no domingo à tarde. Esteja à vontade para escolher.

ou pensas que é à toa
que nego diz: – oi, bicho!
então marcou e marcar
é pior que perder gol

[os novos baianos – guria]

10º Iron Maiden – 681 execuções

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Uma vez apaixonado por Iron Maiden, apaixonado pelo Iron Maiden para sempre. A 10ª e surpreendente posição deles por aqui só me lembra do tal artigo que tenho esboçado na cabeça e no pc chamado “Razões para ser devoto do Iron Maiden”, que tem validade para os três primeiros discos, pelo menos. Ainda vai sair, tenho certeza.

you walk through the subway
his eyes burn a hole in your back
a footstep behind you
he lunges prepared for attack

[iron maiden – killers]

11º Led Zeppelin – 670 execuções

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Muito Led Zeppelin I, II, III e IV embalando madrugadas de redação e vendo o tempo passar, Houses of the Holy confortando caminhadas. Merecia estar acima no ranking, mas já está acima do bem e do mal para mim.

spent my days with a woman unkind
smoked my stuff and drank all my wine
made up my mind to make a new start
going to california with an aching in my heart

[led zeppelin – going to california]

12º Billie Holiday – 622 execuções

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Aqueceu camas e gelou corações, tudo a seu tempo e durante o ano inteiro. Lugar merecido.

you came, you saw, you conquered me
when you did that to me
i knew somehow this had to be

[billie holiday – these foolish things]

13º The Strokes – 617 execuções

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Is This It ainda vai fazer você chorar. Room On Fire ainda vai fazer você chorar. First Impressions of Earth ainda vai fazer você chorar. Por motivos diferentes, mas vão.

i wanna steal your innocence
to me my life it dont make sense
those strange manners, oh i love ‘em so

[the strokes – barely legal]

14º Bob Dylan – 577 execuções

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Prefiro me manter em silêncio sobre a presença de Bob Dylan nesta lista.

you walk into the room
with your pencil in your hand
you see somebody naked and you
you say: – who is that man?

[bob dylan – ballad of a thin man]

15º Grandaddy – 549 execuções

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Uma pena que acabou. O Grandaddy é o tipo de banda que te parece som de gente esquizofrênica, e que no fim se prova um pouco disso mesmo. Muitos barulhinhos, distorções, músicos capengas [mas incrivelmente competentes] e uma voz que incentiva qualquer sapo da lagoa a cantar. Perfeito. Os caras possuem uma discografia fascinante e absurdamente criativa. Faz falta, faz muita falta.

so there’s my baby
laughing at me in the sun
wonder if i’m the weaker one
i feel so far away from home
always so far away

[grandaddy – el camiños in the west]

E você, o que ouviu esse ano?

My music taste defines me

Me entristece: Miles Davis – Bye Bye Blackbird/Chet Baker – My Funny Valentine

Me alegra: Billie Holiday – Let’s Get the Whole Thing Off/Vampire Weekend – One (Blake’s Got a New Face)/Alphabeat – Into the Jungle

Diz muito sobre mim: The Walkmen – What’s In It For Me/Led Zeppelin – Good Times Bad Times/Led Zeppelin – Friends/Cartola – Preciso me Encontrar/Chico Buarque – Pedaço de Mim/Chico Buarque – Atrás da Porta

Me traz lembranças de um lugar: Babau do Pandeiro – Bebe Água, Galinha/Muse – New Born

Me faz ponderar a vida: Cartola – Preciso me Encontrar/The Walkmen – What’s In It For Me

Não gostaria de ouvir de novo: Pagode

Tocaria no meu casamento: The Beatles – All you need is love [do mesmo jeitinho que é tocada no “Simplesmente Amor”]/Led Zeppelin – Thank You/Led Zeppelin – Going to California

Tocaria no meu funeral: Muse – Micro Cuts/Noel Rosa – Fita Amarela [não tocariam, mas sim tocarão!]

Me faz lembrar dos meus amigos: Led Zeppelin – Good Times Bad Times/The Strokes/Muse

Gostava, mas agora não mais: ???

Admito que eu gosto: ???

Faria tudo para ouví-la num show: Led Zeppelin – Good Times Bad Times

Parece com a minha adolescência: Legião Urbana?

Muitas pessoas gostam, mas eu não: Travis

Muitas pessoas não gostam, mas eu sim: Funk

Gosto da letra: Chico Buarque – Trocando em Miúdos/Ludovic – Um Grande Nó

Tem sempre no meu mp3: Música ¬¬

Tema da vida atual: Chico Buarque – Samba e Amor

É melhor quando tocada no carro: Oasis – Cigarettes & Alcohol

Gostaria de acordar: The Beatles – Good Day Sunshine

Gostaria de dormir: …

Gosto, e meus pais também: Tim Maia/Luiz Gonzaga

É melhor quando está acompanhado: The Rapture – House of Jealous Lovers

Tema de um dos meus filmes favoritos: Simon & Garfunkel – Sounds of Silence [The Graduate]

Me faz pensar no sol: WTF?

Me faz pensar na noite: YYY – Date with the Night

Me faz pensar em sexo: todas dos discos Led Zeppelin I, II, III e IV/Placebo – Pure Morning

Me faz querer estar sozinho: China – Câncer

Me faz sorrir: Bonde do Rolê

Não é do meu “tipo” mas eu gosto: CSS

Faz lembrar do meu amor: Chico Buarque – A Rita

Posso cantar bem: nenhuma

Gosto, mas é só instrumental: Oasis – Fuckin in the Bushes

Me faz lembrar alguém que eu já quis: Led Zeppelin – The Rain Song

Não foi lançada agora, mas adoro: …

Para se cantar bêbado: samba?

Para se dançar bêbado: Deize Tigrona – Sadomasoquista, Unknown Artist – Aula de Ginástica/Klaxons – Atlantis to Interzone

Queria ter a voz de: Robert Plant/Billie Holiday

Queria ter a história de: Bonde do Rolê – Office Boy

Pequeno adendo muy necessário: alguns podem estranhar a falta de algumas canções do The Strokes no meio de toda essa lista. Só para deixar claro: se fosse possível, responderia todas as categorias ao mesmo tempo com um simples THE STROKES!!!, mas quis pagar de indie e sabidão, colocando uns sambas e uns standards de jazz pra colorir a coisa toda no meio de tanto rock. E tenho dito!

samba-rock – imagem dissolvida em música

A arte deve sempre inspirar seriedade? Sempre há de se fazer uma visita ao museu com as mãos para trás? A reflexão deve ter sempre um caráter de interiorizado? Voltemos a essas perguntas posteriormente. 

Assim eu abro o meu projeto final [o planejamento de uma exposição, da qual cada aluno seria o curador] da disciplina de Teorias da Arte Contemporânea. O texto, um pouco vencido e talvez até bobo, dá base para falar sobre a minha idéia de exposição, o que eu gostaria de mostrar um dia se fosse possível.

A proposta do trabalho é unir 5 obras de arte, encontrar um fio que as una e dissertar sobre isso em forma de exposição. Pura masturbação mental da melhor qualidade. Minha idéia foi unir fotos do Bob Gruen [sim, aquele que fez a exposição aqui em Sampa. Sim, eu sou óbvio, e daí?] com sambas clássicos que casassem com as fotografias ou mudassem completamente seu sentindo. Acho que deu certo…  

Com que roupa?

Senhor Delegado

Pecado Capital

Amigo é pra essas coisas

O mundo é um moinho

É isso…